Grupo diz ter encontrado irregularidades nas cotas da UFRGS
Problema seria na documentação de 33 cotistas aprovados no último vestibular da universidade
por Daniel Cardoso
25/06/2008 | 21h50
A política de cotas adotada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que reserva 30% das vagas para alunos de escolas públicas, voltou nesta quarta-feira a ser alvo de críticas.
Um grupo de 65 estudantes prejudicado pela política e a advogada Wanda Marisa Gomes Siqueira dizem ter encontrado irregularidades na documentação de 33 cotistas aprovados no último vestibular.
De acordo com a advogada, as supostas irregularidades incluiriam, por exemplo, nomes falsos, pessoas brancas que se auto-declararam negras, egressos de escolas particulares e até um estudante que cursou o Ensino Médio na Argentina.
— Ninguém aqui é contra a política de cotas, mas não se pode aceitar esses erros. A universidade, agora, tem duas alternativas: ou cancela as cotas ou absorve todos os candidatos que tiveram pontuação para ingressar na faculdade — sustenta.
O levantamento foi feito com base no histórico escolar e processos de matrículas de 522 cotistas enviados pela UFRGS à Justiça Federal.
O grupo teve acesso à papelada na sexta-feira. Antes disso, já tinham fotografias das residências de cotistas, o que supostamente comprovaria que muitos deles, apesar de saírem de escolas públicas, têm boas condições financeiras.
Segundo a advogada, isso caracteriza desvirtuamento na política de cotas que tem como objetivo beneficiar estudantes de baixa renda familiar.
O caso foi parar em Brasília. Na semana passada, a advogada pediu à Procuradoria Geral da República investigar a suposta fraude.
No Ministério da Educação e Cultura, o pedido é que se crie uma comissão para vasculhar os documentos dos cotistas da UFRGS. Se necessário, intervir na universidade e até pedir o impeachment do reitor José Carlos Hennemann.
A UFRGS informou que só vai se manifestar sobre o assunto quando for citada oficialmente.
Fonte: zerohora.com
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